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Maria Paula

Eu quero ver suas asas!


Deixe a crescer....

Era uma vez uma menina, cheia de medos, vontades, sonhos, angústias, dores no coração.

Uma menina que tinha seu jeito próprio de ser, e por ser assim muitos a diferenciava, a rejeitava, a queria longe, por simplesmente ser diferente, sempre muito magrinha, cabelos crespos, dentes grandes, voz grossa, não usava roupa tipo "menininha" gostava de futebol e jogava bem principalmente futsal, enfrentava meninos sem medo, nunca esteve na moda, simplesmente era diferente. Passou muitos anos sem conseguir acreditar nas pessoas, pois sempre foi enganada, enfrentou professores arrogantes, colegas arrogantes, mas era um enfrentar falso, era um enfrentar para que não tivesse tanto medo e que talvez aquilo fosse uma forma de impor um limite, deitava e pensava: pessoas por favor, não fale de mim assim. Eu não sou assim. Começou a trabalhar cedo, era pontual no trabalho, conseguia se livrar de encrencas horríveis apenas com um sorriso. Enfrentava as rotinas do dia a dia sem desculpas. Sempre se perguntava por que as pessoas são assim?

Com o passar dos anos, cresceu, viveu coisas maravilhosas, outras bem ruins como perder um bebê, as dores todas elas foram acumulando e acumulando. Tornou -se mãe, uma das coisas que achou que lá na infância não achou que iria se tornar. Tinha aquele medo de dar carinho e perder. Foram tantas as coisas que essa menina viveu, mas sempre se levantava, não se abatia, ou pelo menos achava que não, caiu sim, e como caiu...e foram quedas feias, mas ela sempre estava lá.

Um dia o corpo dela gritou, sim porque a alma dela estava sangrando anos e anos e isso nunca foi reparado, ela sentia que algo doía, mas não dava importância, até porque ninguém dava importância não existe culpados, mas um corpo gritou com a voz da alma, preciso de ajuda!!!

As lágrimas já não era suficiente e ela se descobriu doente, sentia seu corpo doente e alma chorando.

Ela teve vontade de desistir, cansava, era muito cansativo, sentir, falar e ninguém acreditar(por não ser visível). Diversas vezes pegou os comprimidos e jogou no lixo, chorava preocupada com as expectativas, e lá estava ela recolhendo os remédios do lixo. Um belo dia quando estava na praia, comemorando seu aniversário sentada tomando sol, sentindo dores horríveis, mas por insistência ela estava lá para tentar se distrair. foi ao mar, caminhou em direção a ele, deixou ser tocada pelas pequenas ondas, e como se por um descuido deixou se banhar pela água do mar, voltou sentou na cadeira, e observou, ouviu... o som que precisava ouvir, esse som dizia bem baixinho: Você consegue... você só precisa enxergar você, você ainda não está se vendo, você precisa acreditar, ninguém vai viver isso por você.. o som era bem baixinho... mas bem claro.

E uma força enorme a envolveu. Ela criou asas e começou a voar, muitos medos vieram depois desse, mas e ai? mas ela encarou todos eles e continua voando e voando.

Hoje nada, nem ninguém é capaz de tirar suas asas, hoje sua alma está sorrindo, porque hoje ela enfrenta o medos, as dores, olho no olho, não cai, e se cair ela levanta.

Então, deixe suas asas crescerem, voa, voa.... enfrente, não tenha medo, você consegue, passe acreditar em você, não espere por ninguém, faça por você... Erramos muito por esperar que alguém dê o primeiro passo. Quem precisa caminhar é você... você que precisa se olhar e acreditar no que você está vendo, se sua alma chora, trate de ajuda-la a sorrir... Evolua!

By Mary

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