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  • Maria Paula

Ainda há muito para seguir


Ainda há muito para seguir!

A mente pode levar a gente em lugares, estradas estranhas, onde tem várias placas mostrando direções diferentes, faz a gente sentir medos estranhos, passamos a perceber que somos dominados por momentos momentâneos de loucura extrema, eu poderia passar horas deitada em minha cama olhando para os pés e vendo o quanto eles estão cansados dessa caminhada dura e cansativa.

Tudo que eu sinto, passo e vejo é assim: extremo. Até mesmo minha vontade de viver. Seguir é muito difícil, as pessoas, a sociedade exige da gente que sejamos fortes e tem aqueles que torcem para sua derrota, é duro ser julgada por olhares de quem não sabe ou não quer entender o que é dor, claro a dor é minha, o que importa para eles o que eu estou sentindo, a empatia está morrendo a cada dia, quem liga?

Às vezes acho que eu não vou conseguir, acho que é normal sentir isso, muitas vezes eu fico fraca, sim a dor é extrema e dói demais senti - lá, o peito aperta, as pernas queimam... Às vezes me falta o ar, acordo muitas vezes a noite desesperada, mergulhada em lençóis de suor, durmo somente duas, três horas por noite, muitas vezes eu me perdi de mim, eu me senti vazia de qualquer motivação e na realidade eu passo por isso em segredo, porque quando me perguntam eu apenas digo eu estou bem...

A dor é minha, talvez alguém consiga entender nas entre linhas que eu preciso de ajuda, peço socorro com meus olhos todos os dias, e quem vê? Na verdade quem realmente quer ver? Não culpo ninguém por todas essas cargas que tenho que carregar todos os dias, patologias são patologias, se tenho, eu que as sinto, eu que as carrego, não adianta eu vir aqui e começar a mentir dizendo: Nossa, para é fácil ter problemas de saúde, bobeira ficar triste com isso!

Não passaria de uma grande mentira ridícula.

Porém é uma escolha deixar que ela passe a ser você 24hs do seu dia, não é fácil escolher não viver a doença, cuidar dela sim, mas sem muita loucura de achar que vai morrer a qualquer momento. Você e eu estamos fragilizados por esse medo, mas e ai? O que devemos de fato escolher?

Você deve estar pensando agora: ela fala como se fosse fácil escolher!! E você tem toda a razão de pensar isso, mas eu não disse isso, eu não disse que é fácil, acordar todos os dias e fazer a escolha certa! Viver é uma opção, você tem nas mãos essa escolha, e eu jamais obrigaria você a entender isso, mas faria você dar uma olhada sua volta, e perceber o quanto você é importante para quem te ama, e importe para si mesmo.

Termino esse texto olhando para os meus pés, observando o quanto eles aguentaram até aqui, e minha alma sussurrando em meu ouvido... Ainda há muito pra seguir.

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